Como já mencionei em outro post, estamos na maior pindaíba por causa da reforma da casa em que cresci.
Quando iniciamos a obra, eu já tinha juntado um bom dinheiro, que acreditávamos que seria suficiente para cobrir todo o custo da reforma que, a princípio, seria mais uma "maquiagem", uma revitalização da "cara" da casa. Porém, em dois dos banheiros eu queria mexer bastante, pois eles eram resultantes da divisão em dois de um banheiro grande, que eu utilizava quando criança. Esses dois banheiros eram tão minúsculos, que eu nem conseguia imaginar como colocaria a banheira das crianças lá dentro. Mas, para ampliá-los, eu teria que mudar um pilar de lugar. Para isso, chamei um engenheiro calculista para estudar tal possibilidade. Foi como eu descobri que boa parte da estrutura da casa estava comprometida, além de constatar que algumas das paredes nem tinham baldrame (por exemplo, aquela na qual ficava encostada a minha cama durante a metade da minha vida).
Bem, nós resolvemos fazer a reforma para podermos passar o resto da nossa vida nessa casa, para nossos filhos crescerem ali. Para mim, a obra só faria sentido se garantisse a segurança da minha família, muito mais importante do que a beleza da casa.
Estamos reforçando toda a estrutura da casa. O preço da obra praticamente quadruplicou!!!
Façam idéia de como fui criticada na família por estar fazendo esse gasto: fresca, exagerada, cheia de manias são alguns dos adjetivos que me qualificam em razão do que eu chamo de cuidado e zelo. Por mim, tudo bem. Eu e Umberto fizemos o que achamos melhor para nossa família. Mas estamos ralando horrores por isso.
E ontem as manchetes: TREMOR DE TERRA EM BRASÍLIA!!! Vários órgãos estatais chegaram a ser evacuados. No Tribunal em que trabalho e cujo berçário a Helena freqüenta, as berçaristas saíram com as crianças para o estacionamento (que bom que estou de férias!!!).
Sabe que, com todo o aperreio que estamos tendo com a obra, com empréstimos me assombrando as madrugadas sem dormir fazendo contas e mais contas, senti tanto alívio por ter preferido investir na segurança da casa, da minha família.
Nada como ouvir a voz sensata da nossa consciência.
Essa obra está valendo cada tostão, cada noite sem dormir. Estou feliz com a opção que fizemos. Sei que seremos ainda mais felizes ali.
Trilha Sonora: A Casa
Nenhum comentário:
Postar um comentário