sexta-feira, 4 de março de 2011

Inglês

Bernardo começou a ter aulas de inglês na escola, está aprendendo o nome das cores. Aquela boquinha fica a coisa mais linda se retorcendo toda para puxar os erres. Ele está achando o máximo ser "um menino grande do infantil III". E ainda por cima falando inglês!
Dia desses fomos passear no Zoológico e estacionamos o carro próximo ao tanque dos jacarés. Quando ele percebeu onde estávamos, falou: "Oba! Vamos ver o jacarrrrrré!".
Bê, no Zoológico de Brasília, encantado com a zebra

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Alguém pensou nisso antes de mim

"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"
Mário Quintana



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pequeno sábio

Dia desses cheguei do trabalho e esteva jantando. Bernardo, querendo ficar perto de mim, foi montar seu "prega-cabeças" perto da porta da cozinha, bem na passagem mesmo. Quando fui sair, ele falou: "Calma, Mamãe, devagar! Um passinho de cada vez..." Achei engraçado o jeitinho que ele falou. Respondi: "Filho, nós temos que fazer assim para tudo na vida! Você está certo."
Sério! Se pensássemos como os bem pequenos e respeitássemos nosso ritmo na vida, dando um passinho de cada vez, quantos tombos, atropelos evitaríamos? De quanta ansiedade e suas consequências estaríamos livres?
Devíamos ouvir mais nossas crianças...

Helena dando seus primeiros passinhos
Parque da Cidade
Brasília - DF

"While we try to teach our children all about life,
Our children teach us what life is all about"
Angela Schwindt

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ícaro

"Queda de Ícaro" - Rubens

Algumas das melhores lembranças da minha infância são de meu pai me contando histórias da mitologia grega. Acho que herdei dele a paixão pelos gregos e todos os seus mitos. Acho delicioso que seus deuses e heróis fossem, ao mesmo tempo, extraordinários e detentores de fraquezas e sentimentos tão comuns, tão humanos. Uma dessas histórias falava sobre o prazer de voar...

Dédalo era um artesão muito habilidoso que recebeu do rei Minos, da ilha de Creta, a incumbência de construir o Labirinto, para guardar o Minotauro. Este era um monstro, metade homem, metade touro, filho da rainha Pasífae, esposa de Minos, e de um belíssimo touro que deveria ter sido sacrificado em honra a Poseidon. O Minotauro se alimentava de carne humana, e todos os anos alguns jovens rapazes e moças eram levados para servir-lhe de alimento. Até que o jovem Teseu, tencionando matar o monstro, ofereceu-se para entrar no Labirinto junto aos demais jovens. Quando a procissão seguia rumo ao local do sacrifício, a jovem Ariadne, ao ver Teseu, apaixonou-se à primeira vista. Disposta a salvá-lo, ela procurou Dédalo e lhe pediu que ensinasse a Teseu uma forma de sair do Labirinto. Dédalo deu-lhe um novelo de lã, que serviu para marcar o caminho de volta para a porta do Labirinto. Após matar o Minotauro, Teseu saiu vitorioso trazendo consigo os demais jovens, sãos e salvos. Furioso e sentindo-se traído, Minos prendeu Dédalo e seu jovem filho, Ícaro, no Labirinto. Mesmo sendo o criador do local, Dédalo não conseguia encontrar a saída. Olhando os pássaros que voavam alto no céu, ele teve a idéia de construir asas, que os permitissem sair voando dali. Coletou penas caídas e as uniu com cera. Prontas as asas, instalou-as em suas costas e nas de Ícaro. Antes de saírem, alertou o filho que não voasse muito alto, pois a proximidade com o sol poderia aquecer a cera, derretendo as asas. Ícaro, inebriado com a liberdade de voar, logo se esqueceu dos conselhos de seu pai, passando a voar mais e mais alto. As asas derreteram-se e ele caiu no mar, numa região que passou a chamar-se Icaria.



"A saudade de voar..."
Autor: Ramarago
Site: 1000imagens.com



Relembrar essas histórias tantas e tantas vezes contadas por meu pai me faz sentir saudade de voar. Pretendo começar a contar essas histórias e muitas outras a meus filhos, para que possamos voar juntos, alto, livres e felizes. E, se cairmos no mar, que não seja uma tragédia, mas um mergulho refrescante! 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia das Crianças

"Bernardo, no Iate Clube de Brasília"


Na verdade, esse ano nós tivemos vários dias das crianças. Foi um feriado prolongado de Nossa Senhora da Aparecida e nos concentramos em ter muitas atividades voltadas para elas.
Mas, agora que estou pensando bem sobre os eventos, acho que poderíamos mudar o nome da data, no nosso caso, para DIA DE CRIANÇAS. Acho que combina melhor com o que vivemos nesse feriado. Levamos as crianças para o clube, brincamos com elas em casa, fomos lanchar no Mac Donald's. Elas se divertiram muito. E nós também. Como isso me fez bem...
Olhar para a carinha do Bê ao descer o tobogã do clube...
Nadar com Helena e sentir sua alegria por estar em contato com a água, vibrando com os respingos produzidos pelas outras crianças que passavam por nós...
Vê-los se divertindo por estarem próximos dos primos, João Pedro, Maria Clara e Hugo...
Assistir a um filme de dragões no DVD com o Bê e torcer para os heróis junto com ele...
Tomar sorvete...
Todas essas coisas parecem pequenas mas afagam a alma e nos fortalecem.
Temos que nos lembrar de ter um Dia de Crianças pelo menos uma vez por semana. As crianças ficarão muito felizes e nós... também!



"Momentos de felicidade"
Autor: Paulo Santos
Site: 1000imagens.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Amigões

Tive vários animais durante minha vida e sempre amei conviver com bichos. Quando engravidei do Bê, em 2007, eu tinha o Athos, um gato persa amarelo cheio de charme e manha, e a Monique, uma cadelinha poodle muito lady que foi minha companheira por dezessete anos. O Umberto é oftalmologista e tinha pavor de grávidas perto de gatos por causa da toxoplamose, então tive que doar o Athos. Chorei de saudade por meses. Ainda sinto muito a falta daquele amigo desavergonhadamente apaixonado por mim, companheiro inseparável em qualquer minuto que eu estivesse em casa. Quando o Bê nasceu, a Monique já estava tão idosa que mal se continha de pé. Passados poucos meses ela faleceu. Ainda bem que o bebê me consumia muito e nem me foi permitido sofrer demais.

Athos

Monique

Depois que tive que me separar dessas duas figurinhas inesquecíveis, falei para todos que não voltaria a ter outros animais. Eles dão trabalho, nos escravizam um pouco, e nos deixam estraçalhados quando se vão.
Mas com a nossa mudança iminente para uma casa com um quintal espaçoso, o Umberto começou a manifestar o desejo de adquirir um cão. A desculpa inicial era para fazer a guarda. Ele escolheu a raça bullmastiff, pois soubemos que é o melhor cão de guarda para conviver com crianças.
Para resumir, nem sabemos ainda quando vamos nos mudar para casa, pois a obra parece ser a de uma catedral, mas a Naná já está na área (na reduzida área de um apê!!!).
O Umberto é louco por ela. Mas, o Bernardo... Sabe aquela história de que o cão escolhe um entre os membros da família para ser o seu dono? Gente, ela escolheu claramente o Bê! Eles se amam!



Ela é uma cadela maravilhosa: muito linda e tranqüila, carinhosa conosco e com as crianças. Nessas fotos ela estava só com quatro meses, e apesar de já ser um cão enorme, tem um temperamento extremamente dócil.
O nome Naná foi o Bê que escolheu, por causa da cadela babá da história do Peter Pan.
Sua presença me fez lembrar o quão saudável é conviver com animais. Eles nos ensinam amizade, carinho, lealdade, respeito e cuidado. Ver a alegria do meu filho quando está com ela e sentir a reciprocidade desse sentimento me traz muita satisfação.
Bem vinda, Naná! Nossa família acolhe você!

Tremor de terra em Brasília

Como já mencionei em outro post, estamos na maior pindaíba por causa da reforma da casa em que cresci.
Quando iniciamos a obra, eu já tinha juntado um bom dinheiro, que acreditávamos que seria suficiente para cobrir todo o custo da reforma que, a princípio, seria mais uma "maquiagem", uma revitalização da "cara" da casa. Porém, em dois dos banheiros eu queria mexer bastante, pois eles eram resultantes da divisão em dois de um banheiro grande, que eu utilizava quando criança. Esses dois banheiros eram tão minúsculos, que eu nem conseguia imaginar como colocaria a banheira das crianças lá dentro. Mas, para ampliá-los, eu teria que mudar um pilar de lugar. Para isso, chamei um engenheiro calculista para estudar tal possibilidade. Foi como eu descobri que boa parte da estrutura da casa estava comprometida, além de constatar que algumas das paredes nem tinham baldrame (por exemplo, aquela na qual ficava encostada a minha cama durante a metade da minha vida).
Bem, nós resolvemos fazer a reforma para podermos passar o resto da nossa vida nessa casa, para nossos filhos crescerem ali. Para mim, a obra só faria sentido se garantisse a segurança da minha família, muito mais importante do que a beleza da casa.
Estamos reforçando toda a estrutura da casa. O preço da obra praticamente quadruplicou!!!
Façam idéia de como fui criticada na família por estar fazendo esse gasto: fresca, exagerada, cheia de manias são alguns dos adjetivos que me qualificam em razão do que eu chamo de cuidado e zelo. Por mim, tudo bem. Eu e Umberto fizemos o que achamos melhor para nossa família. Mas estamos ralando horrores por isso.
E ontem as manchetes: TREMOR DE TERRA EM BRASÍLIA!!! Vários órgãos estatais chegaram a ser evacuados. No Tribunal em que trabalho e cujo berçário a Helena freqüenta, as berçaristas saíram com as crianças para o estacionamento (que bom que estou de férias!!!).
Sabe que, com todo o aperreio que estamos tendo com a obra, com empréstimos me assombrando as madrugadas sem dormir fazendo contas e mais contas, senti tanto alívio por ter preferido investir na segurança da casa, da minha família.
Nada como ouvir a voz sensata da nossa consciência.
Essa obra está valendo cada tostão, cada noite sem dormir. Estou feliz com a opção que fizemos. Sei que seremos ainda mais felizes ali.


Trilha Sonora: A Casa